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25 November 2010

Estudantes voltam às ruas em Londres

Milhares de estudantes londrinos tomaram as ruas no dia 24 de novembro em protesto contra o aumento das mensalidades nas universidades inglesas decidido pelo governo do primeiro-ministro David Cameron do Partido Conservador. Os estudantes marcharam em frente a residência oficial do primeiro ministro e se dirigiam até o parcelamento quando foram reprimidos pela polícia. Cerca de 100 estudantes presos e muitos ficaram feridos.



Ainda durante o protesto, os estudantes ocuparam as universidades em Plymouth, Birmingham, Londres e Bristol. Marchas e outros protestos também estão acontecendo em universidades e colégios em Manchester, Liverpool, Sheffield, Oxford, Cambridge, Leeds, Newcastle e em várias cidades da Escócia.

O plano do governo é cortar o orçamento para a educação superior em até 40% (81 bilhões de libras) e eliminar as bolsas para professores e financiar gastos do governo com o aumento das taxas dos empréstimos estudantis. Pelo plano do governo, o piso das anuidades dos empréstimos passaria de 3.290 libras para 6 mil libras e algumas universidades poderiam cobrar até 9 mil libras.

Em outra manifestação duas semanas antes, os estudantes ocuparam a sede do Partido Conservador contra as medidas anti-educação do governo.

ENEM não resolve exclusão de estudantes da universidade

O Ministério da Educação vem tentando convencer todas as universidades públicas a abandonarem o anterior formato do vestibular, tecnicista e focado na memorização de fórmulas, pelo formato de concorrência do ENEM. O MEC não se propõe, no entanto, a acabar com a exclusão da juventude da universidade pública. Os 3,3 milhões de estudantes que realizaram a prova do ENEM concorrem apenas a 100 mil vagas do Prouni e pouco mais de 200 mil vagas em universidades públicas. Ou seja, na melhor das hipóteses, 3 milhões de estudantes ficarão excluídos da universidades no ano de 2011.

UJR: livre acesso à universidade pública

Mais de três milhões e trezentos mil estudantes fizeram a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) nos dias 6 e 7 de novembro deste ano e se depararam, mais uma vez, com a frustração e a decepção com a aplicação e organização desta prova em todo país.

O Ministério da Educação vem tentando convencer todas as universidades públicas a abandonarem o anterior formato do vestibular, tecnicista e focado na memorização de fórmulas, pelo formato de concorrência do ENEM. O MEC não se propõe, no entanto, a acabar com a exclusão da juventude da universidade pública. Os 3,3 milhões de estudantes que realizaram a prova do ENEM concorrem apenas a 100 mil vagas do Prouni e pouco mais de 200 mil vagas em universidades públicas. Ou seja, na melhor das hipóteses, 3 milhões de estudantes ficarão excluídos da universidades no ano de 2011.

Os dados sobre a exclusão da juventude do ensino superior são realmente impressionantes. Apenas 15% dos jovens conseguem ingressar nas universidades e, desses, 75% pagam mensalidades em universidades privadas para continuarem estudando.

Não bastasse toda a pressão por participar de uma concorrência difícil e injusta como essa, milhares de estudantes enfrentaram provas impressas erradamente, confusões nos locais de prova e suspeitas de fraude no processo. Dentre as várias causas desses problemas, a principal está na contratação de empresas privadas que detêm o controle da impressão e contratação de pessoal para a realização da prova.

Com a divulgação dos casos e as respostas vazias e insuficientes por parte do governo, têm crescido a indignação e a insegurança de estudantes de diferentes estados para com o exame.

A União da Juventude Rebelião (UJR) convoca os estudantes a transformarem essa indignação em ação na defesa do livre acesso à universidade e do direito à educação. A UJR defende ainda que todos os estudantes prejudicados com a má realização do exame tenham direito a fazer uma nova prova tendo garantidas as condições de igualdade nas questões.

Defendemos o livre acesso ao ensino superior com investimento público em educação pública! A luta é o caminho para a conquista dos direitos da juventude!

União da Juventude Rebelião - UJR Coordenação Nacional