Inicio

16 October 2009

BNDES anuncia R$ 1 bilhão para faculdades privadas


O Ministério da Educação e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram um protocolo de atuação que promete repassar R$ 1 bilhão para a educação superior privada, verba essa voltada para o financiamento de obras de infra-estrutura e para a “reestruturação financeira” dessas instituições. A medida é resultado do lóbi das faculdades privadas, que, desde fevereiro, pressionam o governo pela liberação da verba, segundo elas “para diminuir os efeitos da crise”. Vale lembrar que, de 2002 a 2008, o ensino privado cresceu 49,9%. Hoje, 88% das vagas abertas no ensino superior são em universidades pagas.

Entretanto, quando se trata de aumentar o orçamento da educação pública, para permitir a contração de mais professores e técnicos administrativos, para a ampliação de vagas, a construção de novos laboratórios, bibliotecas, restaurantes e residências universitárias, o governo diz que não há verbas – ao contrário do que ocorre em relação aos tubarões da educação privada, que contam com todo apoio governamental.


A professora Solange Bretas, secretária-geral do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), em palestra proferida na Universidade Estadual da Paraíba, condenou a medida. “Desde 2004 houve um crescimento assustador do ensino privado no Brasil e praticamente nenhum crescimento do setor público. Isso se deve ao financiamento, com recursos públicos, do ensino pago em detrimento do gratuito. Exemplo disso é que, em 2005, o governo destinou R$ 9,9 bilhões para as Universidades Federais do país, praticamente o mesmo orçamento de 1995, dez anos atrás”, afirmou.

Sandino Patriota, vice-presidente da UNE, também condenou o empréstimo do BNDES. “Esse absurdo precisa de um basta, e só com a luta dos estudantes conseguiremos vencer essa batalha. O movimento estudantil deve reassumir seu papel de luta e combatividade”, disse.

Ainda este ano diversos diretórios centrais dos estudantes (DCEs) realizarão eleições em todo o país. Para Leonardo Péricles, estudante da Universidade Federal de Minas Gerais e diretor de Universidades Publicas da UNE, “as próximas eleições de DCEs são uma grande oportunidade de realizar a mobilização e o debate nas principais universidades do país, dando combate ao divisionismo (que nada constrói na luta dos estudantes) e ao governismo, as duas faces do imobilismo no movimento estudantil”.

Com força renovada, depois da vitoriosa participação no Congresso da UNE, a UJR segue firme e decidida a construir um movimento estudantil combativo e consciente em todo o país. Os diretores indicados pela União da Juventude Rebelião (Sandino Patriota, 1⁰ vice-presidente; Leonardo Péricles, diretor de Universidades Públicas; Tiago Medeiros, vice-presidente PB/RN; Claudiane Lopes, 3ª diretora de Políticas Educacionais, e Alexandre Ferreira, 3⁰ diretor de Assistência Estudantil) estarão, no próximo período, em visita às universidades para organizar debates e mobilizações em defesa da educação pública gratuita e de qualidade.

Rafael Pires, da coordenação da União da Juventude Rebelião
Fonte: Jornal A Verdade nº 109

22 September 2009

AMES-TERESINA participa de 12º CONEG da UBES


No período de 4 a 6 de setembro de 2009 aconteceu na cidade do Rio de Janeiro o 12° CONEG- Conselho Nacional de Entidades Gerais da União Brasileira de Estudantes Secundaristas- UBES, instância que decide os critérios para participação dos estudantes no congresso da entidade.
Do nosso estado, a AMES- Teresina participou do evento juntamente com a delegação de 10 estudantes, e foi a única entidade que participou do CONEG da UBES, reafirmando sempre a defesa de uma UBES democrática, independente e aberta a todos as estudantes interessados a lutar pela melhoria da educação,e por melhores condições de vida para o povo do nosso país. No entanto, a atual diretoria majoritária da UBES (UJS/PCdoB) insiste em manter a proposta das etapas estaduais que para nada mais servem senão para afastar cada vez mais os estudantes da UBES, tornando-a uma entidade fraca e desconhecida entre a massa dos estudantes brasileiros.
Para ter uma idéia a UBES representa pouco mais de 50 milhões de estudantes,porém no seu último congresso haviam apenas cerca 2 mil delegados presentes. Isso retrata que apenas uma reduzida quantidade de pessoas sortudas tem a oportunidade de participar do congresso. Entretanto nesse último CONEG nós conseguimos um importante avanço: são os grêmios estudantis que irão tirar delegados para o congresso da UBES, tiragem essa que deverá ser apenas através de eleições diretas divulgadas no site da entidade, garantindo assim a ampla divulgação da atividade e a participação mais ativa e consciente dos estudantes.
Essa vitória pertence ao movimento estudantil que tem o compromisso com a causa dos estudantes e não tem medo de sua participação e cobrança pois só dessa maneira é possível a construção de um movimento estudantil forte e combativo. O ConUBES (nacional) acontecerá de 3 a 6 de dezembro de 2009 com local ainda não definido mas a etapa estadual acontecerá no dia 14 de novembro aqui mesmo na capital.
Portanto desde já convidamos a todos os estudantes interessados em resgatar uma UBES forte e combativa, realmente representativa e defensora de uma educação de qualidade, a participarem conosco desta importante atividade, realizando eleições em sua escola e garantindo a participação do maior número de estudantes possível.

11 August 2009

PELO LIVRE ACESSO À UNIVERSIDADE

“....Privatizaram o conhecimento
que só a humanidade pertence...”
Bertold Bretch

O quadro de exclusão que vive o ensino superior no país é alarmante. De acordo com o próprio Ministério da Educação, só 13% dos jovens entre 18 e 24 anos têm acesso a universidade (menor índice de toda a América Latina) e o setor privado corresponde a 88% das vagas ofertadas a cada ano, numa prova de que os interesses dos capitalistas é que comandam a política educacional brasileira.
O vestibular funciona como uma verdadeira mina de ouro. Ao seu redor se construiu uma milionária rede de cursinhos e colégios particulares, além de o exame ser realizado por fundações privadas que ganham milhões nas inscrições dos vestibulares. A Fuvest, responsável pelo vestibular da USP (....), recebeu em 2007 a cifra de R$ 11,5 milhões com as inscrições.
O governo e boa parte da imprensa têm propagandeado o “fim do vestibular”. Na prática o novo ENEN mantém o mesmo número de vagas das universidades públicas, haja vista que o problema principal para os estudantes não é o da prova, e sim o número de vagas oferecidas. Na UFPI, apenas 10% do inscritos no vestibular de 2008 conseguiram ingressar.
Enquanto isso, o governo tem desviado verbas que deveriam ser destinadas à ampliação de vagas nas instituições públicas para as universidades privadas, principalmente através do Prouni e do FIES, que, juntos, injetam anualmente mais de R$ 3 bilhões de reais nos cofres das universidades privadas, além é claro da dívida pública que consome 46,5% dos gastos federais contra 2,6% dedicados a Educação.
A luta histórica do movimento estudantil sempre apresentou a bandeira do Livre Acesso à Universidade e para tanto precisamos garantir uma efetiva ampliação de vagas e dos investimentos nas instituições públicas de ensino superior, garantindo vagas para todos na educação pública.
A verdade é que o acesso ao ensino superior é um direito e o Brasil que produz tantas riquezas pode e deve garanti-lo a todos os jovens. Na América Latina, diversos países já adotam métodos muito menos excludentes de acesso às universidades.
Para tanto, a União da Juventude Rebelião – UJR, reafirma o seu compromisso pelo Livre Acesso à Universidade e convoca a juventude brasileira a transformar esse momento de discussões do novo ENEM num debate sobre a exclusão do acesso. A proposta do MEC não respeita os anseios estudantis e precisamos de uma vez por todas ocupar as ruas do país para exigir o fim do vestibular e o direito ao Livre Acesso à Universidade.

União da Juventude Rebelião
Junho de 2009

07 August 2009

UBES/REBELE-SE, Realizará 1º Encontro Nacional de Grêmios


O movimento estudantil brasileiro sempre desempenhou um papel de destaque na história do nosso país. Em todos momentos e decisões políticas a juventude sempre se coloca ao lado dos trabalhadores pela soberania nacional e em defesa de melhores condições de vida de todo o povo fazendo massivas manifestações de rua.
Nesse processo, houve uma importante participação das diferentes formas de organização dos estudantes, como os grêmios estudantis, entidades municipais, estaduais e a entidade nacional. Porém o principal mecanismo de conscientização dos estudantes é o grêmio, pois através dele o estudante tem a possibilidade de se organizar em defesa de seus interesses mais imediatos, realizarem atividades culturais esportivas e de lazer. Desse modo, o grêmio consegue estreitar cada vez mais o laço entre o movimento estudantil e os alunos de cada escola.
Entendendo a necessidade de fortalecer a organização dos Grêmios em todo o país, a diretoria de grêmios da União Brasileira de Estudantes Secundaristas-UBES irá realizar no dia 5 de setembro na cidade do Rio de Janeiro- RJ, o I Seminário Nacional de Grêmios para propiciar a troca de experiências entre os estudantes do Brasil inteiro no sentido crescer cada vez mais a luta estudantil.
Portanto a AMES-TERESINA convoca todos os estudantes para junto conosco formarem seus grêmios e participarem dessa importante atividade.

Amanda Augusta Presidente da AMES-TERESINA e Militante da UJR

03 August 2009

Conjuntura Nacional



A luta pelo controle nacional do pré-sal

Criada em 3 de outubro de 1953, pela Lei 2004, e instalada em 9 de maio de 1954, quando já existia produção de petróleo na Bacia do Recôncavo, a Petrobras ficou responsável pela execução do monopólio estatal do petróleo pertencente à União e também estabelecido por esta mesma lei.

Portanto, durante 44 anos, de 1953 a 1997, o Brasil conviveu com o monopólio estatal do petróleo e a Petrobrás se tornou uma das maiores empresas do mundo no ramo, acumulou um grande conhecimento técnico e cientifico e promoveu investimentos em diversos setores da indústria, da agricultura, da ciência e tecnologia, além de apoio à arte e à cultura nacionais. Em 6 de agosto de 1997, o governo entreguista de FHC promulgou a Lei 9.478/97, “flexibilizando” o monopólio estatal, permitindo a venda das ações da Petrobras na Bolsa de Nova York (de imediato 36% delas foram vendidas por menos de 10% do seu valor real) e criando a Agência Nacional do Petróleo (ANP), que determinou que a Petrobras deveria submeter seu programa de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo à agência. Dois meses depois, em 15 de outubro de 1997, o programa foi entregue ao Ministério das Minas e Energia (MME), sob a forma de 391 relatórios, sendo 133 para áreas de exploração, 52 para áreas de desenvolvimento e 206 relativos a áreas em produção.

As 133 áreas (ou blocos) de exploração requisitadas pela Petrobras estavam distribuídas em 21 das 29 bacias sedimentares terrestres e marítimas brasileiras e consistiam, entre outros, na perfuração de 246 poços em perspectivas já definidas pela sísmica (primeira fase da exploração). A Lei 9478 estipulou o prazo de um ano para que a ANP, instalada em 19 de janeiro de 1998, avaliasse esse programa e concedesse contratos de concessão para as áreas em que a empresa tivesse satisfeito os requisitos legais. Ou seja, um ano para entregar o ouro ao bandido, o que obrigou aos técnicos da empresa uma corrida para selecionar as melhores áreas, a fim de requerê-las para exploração.



O que é o pré-sal



O maior campo de petróleo até hoje descoberto em terra no Brasil é o
campo de Carmópolis, em Sergipe. Ele foi descoberto em 1963.
Recentemente, informação não-oficial dá conta de que no aprofundamento
de um poço deste campo, foi detectada a 700 metros de profundidade, a
presença de microbiolitos, reservatório característico do pré-sal,
presente na Bacia de Santos.

O petróleo que ocorre nas bacias costeiras da Margem Leste, tanto na
parte emersa como na imersa, na seção pré-sal ou na pós-sal, tem
gerador do Tipo I, que são rochas depositadas em ambiente lacustrino, o
que vem a indicar sua origem continental, portanto abaixo da espessa
camada de sal que se formou durante a separação dos continentes
africano e sul-americano. Pode-se dizer que no Brasil não temos gerador
do Tipo II, de origem marinha.

Assim, pode-se deduzir facilmente o caminhar da exploração mar a
dentro, na perspectiva de se encontrar campos cada vez mais
promissores. Já se sabia que o gerador era bem mais profundo. A
Petrobras, por intermédio do seu corpo técnico, sempre demonstrou estar
alerta para isso.

Durante mais de 30 anos, desde a descoberta do Campo de Garoupa, em
1974, na Bacia de Campos, a Petrobras buscou essa província do pré-sal.
Um importante fator que concorreu para a demora na descoberta do
pré-sal, está condicionado às dificuldades tecnológicas advindas da
perfuração tanto em lâminas d’água ultraprofundas como em função da
espessa camada de sal a ser atravessada.



A descoberta do pré-sal



Na Bacia de Santos, a Petrobras requisitou oito blocos, sendo que no
Bloco BS-300, para exploração direta, já havia uma perspectiva definida
na sua parte sudoeste, que visava a testar uma região, com mais de
1.000 km2, interpretada como seção rifte (pré-sal). Ressalte-se que,
nesta época (1997), a equipe técnica da Petrobrás já vislumbrava o alto
potencial exploratório da área, inclusive a análise econômica da
perspectiva indicava a possibilidade de se encontrar expressivos
volumes de hidrocarbonetos (a base do petróleo).

Na chamada ‘Rodada Zero’ da ANP, consolidada em agosto de 1998, ficou
definida a participação da Petrobras no novo cenário criado após a
promulgação da Lei 9478/97. A partir dos relatórios de análise dos
blocos feitos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), foram
assinados os Contratos de Concessão entre a ANP e a Petrobras, sobre
115 blocos dos 133 originalmente requeridos. A área da Bacia de Santos,
que ficou posteriormente conhecida como ‘cluster’, abrangia o Bloco
BS-300 e não fora incluída na ‘Rodada Zero’ pela ANP, desconhecendo-se
as razões para justificar esse procedimento. Somente na 2ª Rodada de
Licitações, no ano 2000, a ANP ofereceria em leilão os blocos BM-S-7,
8, 9, 10 e 11, sendo que, com exceção do BM-S-7, os demais constituíam
o antigo Bloco BS-300

Conhecedora do potencial da área, a Petrobras, em parceria com outras
empresas, arrematou todos os blocos oferecidos naquela licitação, sendo
que apenas no Bloco BM-S-7 a Petrobras não era a operadora. No Bloco
BM-S-10 se situava a locação que a empresa havia proposto quando
requereu o antigo Bloco BS-300, em 1997. A perfuração desta locação
redundou na descoberta do pré-sal, que foi denominada Paraty.

A Petrobras levou cinco anos estudando a tecnologia necessária para
essa descoberta, ocorrida em 2006. A perfuração durou um ano, ao custo
total de US$ 260 milhões.



O pré-sal para o povo brasileiro





Todo esse processo aqui apresentado é o bastante para que qualquer
brasileiro minimamente preocupado com a situação de vida de nosso povo
se indigne com a situação por que passa a Petrobrás e exija sua
re-estatização, visto que 53% de suas ações já foram vendidas, vários
dos poços descobertos por ela foram entregues e estão sendo explorados
pelo capital estrangeiro; além disso, a maior parte de seu lucro não é
revertida para garantir melhores condições de saúde, educação e moradia
para os brasileiros, que a criaram e sustentaram com seus impostos e a
sua luta.

Agora, não somente os técnicos da Petrobras, mas um conjunto grande de
forças políticas progressistas, de esquerda, nacionalistas, socialistas
e comunistas, sindicatos e organizações do movimento popular se
movimenta diante da possibilidade de o Brasil passar a ser o maior
produtor de petróleo do planeta, por conta das descobertas de enormes
jazidas de óleo na camada do pré-sal, e essa riqueza toda parar nas
mãos das grandes multinacionais do setor e nada ser revertido para a
melhoria das condições de vida do nosso povo.

Por isso, a necessidade da mobilização em defesa dos interesses dos
trabalhadores e da população brasileira e pela garantia de que toda
essa riqueza não possa ser expatriada como foi e está sendo o nosso
ouro, o manganês, o nióbio, o ferro e todos os ricos minerais
existentes em nosso solo. “O pré-sal é do povo brasileiro” e a
“Petrobras 100% estatal”, essas são as exigências de quem luta por um
Brasil livre, independente e socialista.





Baseado no artigo de João Victor Campos, diretor da AEPET, publicado no jornal O Estado de São Paulo, em 8/6/2009

21 May 2009

3 ENOET, CARTA DA ETEPAM

No ano do centenário do ensino profissionalizante em nosso país, estudantes do norte e nordeste reuniram-se durante os dias 15, 16 e 17 de maio, nas dependências da Escola Técnica Estadual Prof. Agamenon Magalhães, na capital Pernambucana, na terceira edição do Encontro Norte e Nordeste dos Estudantes de Escolas Técnicas – ENOET, com o intuito de debater não só as transformações do ensino profissionalizante ao longo desse período, e as conseqüências dessas transformações para a sociedade.
Ao longo desses cem anos fomos escolas de artífices, escolas industriais, escolas técnicas federais, centros federais e a partir de dezembro do ano passado nos transformamos em institutos federais de educação. Essas mudanças refletiram-se também no foco de ensino e da sua aplicação, assumindo papel de destaque no desenvolvimento regional e nacional formando técnicos capazes para a estruturação e manutenção de diversos segmentos da economia, em especial na indústria.
Nos últimos 15 anos vivemos as transformações mais intensas nas estruturas dessas instituições, e a inserção da iniciativa privada nas instituições, fez com que as mesmas tivessem assumido o controle de vários laboratórios e também da apropriação da produção científica em diversos setores, o que ataca frontalmente a soberania nacional e a capacidade criativa da juventude e do povo brasileiro.
Essa política de sucateamento das escolas técnicas foi mais sentida nas instituições estaduais que, por via de regra, viveram quase que sua extinção na região, mantendo-se apenas através da resistência e da luta dos estudantes, como é o caso da ETEPAM que sedia esse III ENOET. Isso reafirma a nossa convicção de que só com a luta, os estudantes podem garantir os seus direitos e conquistar o ensino que queremos.
Mesmo com a recente expansão do ensino profissionalizante ainda nos deparamos com inúmeros problemas no tocante a assistência estudantil, laboratórios defasados, e até mesmo com a falta de materiais básicos para o desenvolvimento dos cursos. A criação do ensino tecnológico por sua vez enfrenta ainda vários problemas básicos, com a definição de grade curricular e até mesmo a regulamentação profissional que na verdade assumem o papel de verdadeiras barreiras para o acesso ao mercado do trabalho.
Nesse momento de crise mundial do capitalismo, temos visto aumentar a situação de exploração dos trabalhadores e em especial da juventude. Nos últimos seis meses, apenas no Brasil, mais de 900 mil trabalhadores foram demitidos, sua grande maioria diretamente no setor industrial, o que implica mais demissões com a mão-de-obra profissional formada em grande parte pelas escolas técnicas tudo para atender aos interesses do mercado.
Esse mercado impõe aos estudantes situação de constrangimentos e baixos salários, pois sequer o piso nacional dos técnicos ainda é regulamentado, o que aumenta nossa responsabilidade para com o término dos cursos e a inserção no mercado de trabalho.

Nesse Centenário precisamos aumentar a mobilização dos estudantes para defender o ensino profissionalizante que queremos. Entre as várias tarefas estão a garantia de uma expansão que propicie as condições de ensino ao estudante, que ponham fim aos privilégios do sistema S em detrimento ao financiamento dos institutos e demais escolas técnicas, e que já agora nesse final de primeiro semestre garanta conquistas aos estudantes através de estatutos mais democráticos e que permitam a participação dos estudantes nos rumos dos IF´s.
Temos a certeza que o ensino profissional, tanto de nível médio quanto de nível superior, tem um papel fundamental para tirar o nosso país da condição de subdesenvolvido e explorado. Mas isso só pode acontecer na medida em que cresça, de maneira determinante, o investimento de recursos públicos.
As escolas técnicas e tecnológicas devem servir para a classe trabalhadora, devem ter um olhar voltado para as soluções dos problemas sociais, devem perseguir o objetivo da implantação de um currículo politécnico integral, que alie o ensino propedêutico com o ensino profissionalizante.
Para tanto em parceria com o III ESEET que se realizará em julho na cidade de São Bernardo do Campo, convocamos uma mobilização nacional, entre os dias 11 e 14 de Agosto, em defesa do Ensino Profissionalizante no Brasil, construindo uma educação profissional que atenda aos interesses do desenvolvimento nacional e com plenas condições de acesso aos estudantes e ao povo brasileiro.
Viva o III Encontro de Estudantes de Escolas Técnicas!

Recife, 17 de maio de 2009

09 May 2009

3º ENOET Recife - PE

Encontro Norte e nordeste de estudantes de escolas técnicas e tecnológicas
O ensino técnico e tecnológico do Brasil precisa ser um espaço de construção de um país soberano. E um país só é soberano quando é dono do seu destino, quando forma profissional comprometidos em gerar riquezas e inclusão social.
O governo federal tem apresentado vários propostas de mudança no ensino técnico. Porém nenhuma delas tem esse objetivo. Um exemplo foi a vasta transformação dos CEFET´s em IFET´s(Instituto Federal de Educação Ciência e tecnologia), como foi o caso do Piauí onde essa mudança já aconteceu.
Na realidade, ao contrário do que muitos dos estudantes pensam, a modificação não foi apenas no nome. A Partir de agora, o Instituto vai ter a “independência” de fazer parcerias com empresa privadas para que os alunos façam pesquisas para que os resultados em vez de beneficiarem o povo, serem comercializados. Isso revela com quem o governo federal realmente quer agradar.
Portanto, é necessário que o movimento estudantil estude profundamente essas propostas e formule proposições, para que o ensino técnico seja modificada da maneira mais justa e correta, papel que será cumprido no ENOET. Vindos de vários estados do Pais , os estudantes de escolas técnicas , agrotécnicas , cefet´s , estaduais e municipais se reunirão e organizaram um calendário de atividades e lutas.

04 November 2008

2º ESEET defende reforma no ensino profissional




Estudantes de instituições de ensino profissional de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, participaram entre os dias 5 e 7 de setembro, no CEFET-MG, em Belo Horizonte, do 2º Encontro Sudeste de Estudantes de Escolas Técnicas e Tecnológicas – ESEET, com o intuito de debater a situação do ensino profissionalizante e a mobilização do movimento estudantil.

Uma grande questão levantada nos debates foi sobre as perspectivas do trabalho para a juventude no capitalismo. Não existem muitas oportunidades de emprego e o profissional é desvalorizado, recebendo um baixo salário, além de ter que se submeter à exploração dos empresários capitalistas e de suas empresas.

O 2º ESEET foi marcado ainda pela denuncia de que em várias escolas prevalece a repressão ao movimento estudantil. Não são garantidos muitos espaços para discussão desses problemas, e quando os estudantes se organizarem reivindicando melhores condições de ensino ou até mesmo contra as roubalheiras e os desvios de verbas, são duramente perseguidos.

Neste sentido, o 2º ESEET cumpriu um importante papel na organização dos estudantes para a garantia de seus direitos. Esta discussão foi muito pautada durante o encontro pelas entidades organizadoras, a diretoria de Escolas Técnicas da UBES, a AMES-BH, a AERJ e a UMES-Diadema.

Os presentes ressaltaram que só a combatividade levantará o movimento estudantil nas escolas técnicas do sudeste, através de mais grêmios comprometidos com a luta dos estudantes e de uma atuação organizada entre os estados da região e, também, nacionalmente, para lutar em defesa de um ensino técnico e profissional público, gratuito para todos.

No final do encontro, aprovamos a “Carta de Belo Horizonte – Gabriel Pimenta” com as resoluções elaboradas durante os debates.

As principais propostas aprovadas no II ESEET são: criação do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional – FUNDEP; fim das fundações privadas (também chamadas de APM´s e Caixas Escolares) das instituições de ensino; nenhuma cobrança de taxa no ensino profissional; fim das terceirizações; imediata contratação de professores e técnicos administrativos, por meio de concurso; por uma profunda reforma no currículo do ensino profissional; ampliar o currículo em busca de uma educação politécnica, integral, referenciada no trabalho, com orientação para as potencialidades econômicas regionais, voltado para a solução dos problemas sociais e para a soberania nacional e não aos interesses das empresas privadas; por salário, estabilidade e demais direitos garantidos em lei para os estágios; garantia da obrigatoriedade do trabalho da área em que o estagiário está estudando e que as empresas públicas garantam vagas para os estagiários formandos em escolas públicas; imediata reabertura das escolas e dos cursos de magistério e a regularização da lei que garante os estudantes normalistas possam realizar estágio curricular em escolas públicas; gestão democrática, paridade nos conselhos (1/3 de representação dos estudantes); eleições diretas e paritárias para diretores/reitores, sem lista tríplice; dinheiro público para as escolas públicas; pela manutenção da vinculação do Centro Paulo Souza (SP) a Universidade Estadual de São Paulo; luta em defesa das Etec´s paulistas públicas e gratuitas e por uma universidade popular, com o livre acesso às universidades.

Guilherme Silva – Presidente da Ames-BH e militante da UJR

26 September 2008

Festa de posse da nova diretoria da AMES-TERESINA!


A nova diretoria da AMES - TERESINA, convida a todos os estudantes a festa de posse que se realizará no dia 12 de Outubro no Clube XXX(não tem ainda)XXXX entre as 9h e às 16h.
A festa tem como objetivo comemorar a história de luta da entidade e o seu aniversário, nesses dois anos de existência a AMES não tem poupado esforços para denunciar as arbitrariedades e os abusos cometidos contra os estudantes, agora a nova diretoria reafirma o seu caráter combativo e realizará esta grande festa em comemoração a esta história de luta e em homenagem a todos os estudantes de Teresina.
Estudantes, essa festa é feita para vocês! Participem a entrade é franca e a diverção é por conta da casa.
Participação da Banda R80.

Horário: Entre as 9h e as 16h
Local: Clube XXX Av. XXX Bairro XXX
Entrada Gratuita
Participação da Banda R80

23 September 2008

II Congresso da AMES-TERESINA, Vitória dos Estudantes!





No dia 20 de setembro de 2008, no pátio na U. E. Benjamin Benjamim Baptista o II Congresso da AMES-TERESINA com mais de 90 estudantes representando cerca de 20 escolas da capital do Piauí, entre elas: João Clímaco, Joel Mendes, CEFET-PI (sede e uned-Teresina), Barão de Gurguéia, Colégio Certo, CEB James de Azevedo, Edgar Tito, Colégio Lavoisier, Firmina Sobreira, Pedro Conde, Escolão do Mocambinho, Eurípedes de Aguiar, Premem-Norte, Júlia Nunes, Premem-Sul, Milton Aguiar, Pires de Castro, Antônio Almendra, Benjamim Baptista etc. Todos com bastante entusiasmo diziam palavras de ordem tais como: “A AMES somos nós, nossa força e nossa voz”,” Prá mudar a educação, tem que ter Rebelião” e” O dinheiro do Meu pai não é capim, Eu quero passe-Livre Sim, eu Quero eu Quero..”..
O congresso deu início formando uma mesa para as saudações aos delegados e suplentes. Os convidados a foram o diretor da U. E. Benjamim Baptista Professor Manoel Evandro que ressaltou a importância da organização dos estudantes através da AMES-TERESINA; Jessiane Brito Coordenadora Nacional do MLB- Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas; Gregório Goold 1º Vice-presidente da UBES -União Brasileira dos Estudantes Secundaristas; Cláudia Cíntia Presidente do Grêmio Estudantil da U. E. Milton Aguiar; Pedro Laurentino Diretor do SINTRAJUFE-PI e Membro do PCR – Partido Comunista Revolucionário; Carla Catiara da UJR- União da Juventude Rebelião e Isaac Ferreira Presidente da 1º Gestão da AMES-TERESINA e aluno do CEFET-PI/UNED-TERESINA.
Ainda pela manhã, após as saudações os delegados e suplentes presentes tiveram um espaço para falar a situação de sua escola e apresentar sua opinião sobre a educação: na qual a maioria disse que falta água de qualidade, merenda, livros, professores qualificados, reforma nas escolas e nas suas quadras esportivas além de material para atividades físicas, laboratórios de informática, biologia, física que funcionem, segurança, poucas vagas nas universidades públicas e principalmente o abandono do governo com o ensino público.
Durante a tarde depois de todos terem almoçado no auditório do Benjamim Baptista o debate foi sobre a organização dos estudantes e os grêmios estudantis. Participaram da mesa os estudantes Amanda Augusta do CEFET-PI/UNED-TERESINA e Lucas Caetano do Colégio Certo, sendo coordenado por Isaac Ferreira.
Para encerrar o congresso, foram aprovadas as propostas de lutas para a nova gestão e sua nova diretoria, ficando eleita Amanda Augusta para a presidente da AMES-TERESINA, que assumiu a tarefa de nos próximos dois anos organizar e lutar em defesa da educação e dos estudantes.

28 July 2008

Piauí no EIJAA, Rio 2008!



As nossa chegada foi por volta das 18:30, sequimos direto para o banhpo seguido de jantar.
o Eijaa este ano deve a participação de cerca de 500 jovens sendo que 9 paises estiveram presentes sendo eles: Espanha, Turkia, Equador, Mexico Venezuela, Dinamarka, Republica Dominicana, França e 13 estados do Brasil sendo o Pará, Piauí, Ceara, Rio Grande do Norte, Paraiba, Pernanbuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rondônia e Distrito Federal.
Durante a noite assistimos o filme que relatava a historia do brasil do durante o periodo en torno da ditadura militar, o Filme chamado "JANGO".
Amanhã conto mais.
Isaac Ferreira
Presidente da AMES-Teresina e membro da UJR.

12 July 2008

A "Revolta dos Pingüins"


- Exemplo de Luta e Mobilização Estudantil

Pedro Gutman (UJR) UNIÃO DA JUVENTUDE REBELIÃO

Nas últimas seis semanas o Chile vem sendo sacudido por protestos massivos organizados pelos estudantes secundaristas. A Revolta dos Pingüins (apelido graças ao uniforme dos estudantes secundários) se volta contra a exclusividade cada vez maior do ensino tanto médio quanto superior aos jovens da mínima fatia rica da população, face do aprofundamento do capitalismo diretamente virada aos jovens.
Milhões de estudantes já aderiram à luta, milhares de escolas estão paralisadas e ocupadas assim como a maioria das universidades do país. De fato, em recente pesquisa mais de 85% dos Chilenos afirmaram ser a favor da Revolución de Los Pingüinos, e as passeatas, quase diárias, tem tido grande participação dos professores e outros trabalhadores da educação. Em alguns lugares os operários chegaram a declarar greves de apoio ao movimento, mostrando que a luta por uma educação gratuita e de qualidade é uma luta de caráter popular, antifascista e antiimperialista.As principais bandeiras de luta são pelo passe-livre irrestrito no transporte público. Pelo fim das taxas pagas pela PSU (Prova de Seleção Universitária) que chegam a custar o equivalente a R$ 120,00. E principalmente pelo fim da Lei Orgânica Constitucional de Ensino (LOCE), uma lei promulgada por Pinochet no último dia de sua ditadura. A LOCE oficializa e estimula a privatização do ensino fundamental, médio e superior permitindo a qualquer pessoa abrir sua própria instituição de ensino e receber financiamento do governo. Esta permissão faz com que a educação da maioria da população seja inferior à da elite de 930 colégios particulares do país.
A repressão policial é grande, baseada principalmente em carros blindados lançando uma mistura de gás lacrimogêneo e água em forte pressão (desenvolvidos na ditadura de Pinochet) e vem sendo combatida com firmeza e coragem por estudantes (de mesmo 13 anos) com pedaços de madeira, pedras e coquetéis Molotov em mãos.
Mesmo com centenas de jovens presos e feridos neste verdadeiro combate, ainda longe de acabar, a luta tem avançado rápido para a vitória. Pois nela os jovens do Chile contam com o apoio não só da população Chilena mas também de todos os jovens do mundo que lutam por uma sociedade mais justa e fraterna, que lutam contra o fascismo e o imperialismo

04 July 2008

Centenário de Salvador Allende




Nascido em Valparaíso, 26 de junho de 1908 — Santiago do Chile, 11 de setembro de 1973 foi um médico, político e estadista chileno. Foi o primeiro marxista assumido eleito democraticamente presidente da república na América Latina.
Filho do advogado e notário Salvador Allende Castro e de Laura Gossens Uribe, Allende casou-se em 1940 com Hortensia Bussi Soto, com quem teve filhas: Paz, Isabel e Beatriz.
Grande orador, começa a carreira política como deputado em 1937 e ocupa o Ministério da Saúde de 1939 a 1942.
Foi senador em 1952 pelo Partido Socialista do Chile. Concorre à Presidência da República em 1952 e em 1958.
Allende assume a presidência e tenta socializar a economia chilena, com base num projeto de reforma agrária e nacionalização das indústrias. A sua política, a chamada "via chilena para o socialismo", pretende uma transição pacífica para uma sociedade mais justa, de raiz socializante. Nacionaliza os bancos, as minas de cobre e algumas grandes empresas, e enfrenta pressões políticas norte-americanas.
Em 1972 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz
Em 11 de setembro de 1973, com ostensivo apoio dos Estados Unidos, as Forças Armadas, chefiadas pelo general Augusto Pinochet, dão um sangrento golpe de Estado que derruba o governo da UP(Unidade Popular). Allende morreu quando as forças armadas rebeladas contra o governo constitucional atacaram o Palácio de La Moneda
Leia mais: www.granma.cu

Isaac Ferreira
Militante da UJR- União da Juventude Rebelião

30 June 2008

Dinheiro público na educação pública


A Constituição Federal determina que o Estado deve garantir educação pública gratuita e de qualidade para todos, em todos os níveis. Mas, infelizmente, não é isso que acontece. É cada vez menor a qualidade das escolas públicas de ensino médio, muitas crianças estão fora das creches e ainda temos a vergonhosa cifra de apenas pouco mais de 1% do povo com acesso à universidade pública.
Isso acontece porque em nosso país, como em todos os países capitalistas, as riquezas estão nas mãos de uma minoria parasita, que impede o acesso da juventude à educação pública com o objetivo de transformar a educação num mercado lucrativo. Por isso, apesar de estar ela garantida pela Constituição, os sucessivos governos, apoiados pelo capital financeiro e as grandes multinacionais, não investem suficientemente em educação. Preferem desviar milhões dos cofres públicos, todos os meses, para enriquecer os banqueiros – como é o caso do Banco Itaú, que a cada ano comemora recorde de lucros.
Outro aspecto importante do processo de destruição da educação pública é a vontade dos poderosos de privar a população carente do conhecimento, pois eles sabem que, quanto mais se conhecer a realidade, mais fácil será transformá-la. Como disse José Martí, “ser culto é ser livre”.
Os conhecimentos acumulados pela humanidade devem servir à própria humanidade. O conjunto de informações e descobertas de um povo deve servir para interferir positivamente na sua vida. Para isso é preciso que o conhecimento seja um direito de todos aqueles que constroem a sociedade, ou seja, de todos os elementos da classe trabalhadora, o que só é possível com a garantia de educação pública gratuita e de qualidade para todos pelo Estado e o investimento público em pesquisa.
Essa situação decorre do pouco investimento na educação. Como sabemos, o governo gasta R$ 150 bilhões por ano com a dívida pública, e, assim, não haverá dinheiro para educação e para o Fundeb – fundo criado, e muito propagado pelo governo, para a educação básica – no qual se pretende gastar R$ 3,174 bilhões, ou seja, 2% do que é destinado ao pagamento da dívida pública. Todo o investimento atual em educação no país é de apenas 3,7% do PIB, fazendo com que nosso país seja um dos que menos investem nessa área, em todo o mundo.
Por isso, na Conferência Nacional de Educação Básica, organizada pelo governo federal no mês de abril, em Brasília, educadores do país inteiro concordaram em que, para mudar a educação brasileira, o governo federal deve investir 10% do PIB, o que representa mais que 150% além do que é investido hoje.
Mas, para tanto, seria preciso que o governo adotasse uma atitude de defesa clara da educação e rompesse verdadeiramente (e não apenas na propaganda na TV) com o capital financeiro.

Gregório Gould, vice-presidente da UBES e militante da UJR

FONTE: jornal A Verdade

29 June 2008

CHARGES

Créditos ao grande LATUFF


Veja mais em latuff2.deviantart.com

Retiradas de: http://www.averdade.org.br/charges.php

Clique nas imagens para vê-las em tamanho maior.

EUA, a máquina de guerra :






Brasil ontem e Brasil hoje:








16 June 2008

CMEIE foge dos estudantes!

Por volta das 15h do dia 04 de junho deste ano, centenas de estudantes ocuparam a Câmara Municipal de Teresina para assistirem a sessão onde o Presidente da CMEIE, Gilmar Guilherme (Lobão), iria ter que explicar o motivo pelo qual a CMEIE vem desrespeitando a Lei que inclui a AMES como um de seus membro e qual a razão da Carteira de estudante confeccionada por esta comissão é a mais cara do Brasil.
Dois grupos de estudantes estavam presentes, um trazido pela AMES e pela União da Juventude Rebelião, que protestava contra o alto preço e contra a exclusão da AMES da CMEIE, que com muita garra, determinação e palavras de ordem:
"ESTUDANTE NAO É BOBO! 16 REAIS É ROUBO“,
"Ê! Lobão, vai acabar teu mensalão!" ,
"Lobão! Ladrão! CPI é solução!" se destacaram do outro grupo de estudantes trazido pelo CCPE (Centro Colegial dos Estudantes do Piauí)e pela UJS que são envolvidos com o Lobão e com a máfia das carteirinhas.
Esse outro grupo tentava a todo custo denegrir a imagem do Presidente da AMES, Isaac Ferreira e defendia as atuais posições da CMEIE, a algazarra feita por este grupo foi tamanha que a sessão acabou sendo adiada.
A ocupação foi manchete em todos os jornais da cidade e transmitida ao vivo pelas TV's locais, mas ao invés de mostrar a luta dos estudantes combativos contra os abusos de verdadeiros ladrões que nos roubam descaradamente, preferiram se a ter aos erros ortográficos presentes em alguns cartazes feitos a mão, dentro da própria câmara.
Mas porque será que a imprensa resolveu se limitar aos erros ortográficos e zombar dos estudantes, igualando todos os presentes?
É obvio que foi para desviar a atenção da população do fato principal.
Pois vende muito mais jornais dizer que o estudante é burro, do que mostrar que os estudantes de Teresina não fogem a luta e correm atrás dos seus direitos.
Enfim, nada vai nos tirar da luta! A AMES continuará com a campanha pela redução do valor pago pela carteira de estudante e convidamos a você, para que não feche os olhos diante dessa roubalheira e lute conosco para que os responsáveis por essa exploração sejam punidos.
Lutemos todos! Pela criação de uma CPI para investigar com que é gasto o nosso dinheiro.


A AMES! A AMES! A AMES É PRA LUTAR!

Galera de luta que veio pra ficar! Lobão a CPI vai te pegar!

A AMES SOMOS NÓS! NOSSA FORÇA E NOSSA VOZ!

02 June 2008

Ocupação da Reitoria da UFMG: vitória dos Estudantes!



, um verdadeiro aparato de guerra, composto de 15 viaturas, 40 policiais fortemente armados e até um helicóptero, foi mobilizado contra estudantes, professores e servidores técnico-administrativos, levando à prisão de um estudante do IGC e agressão de uma aluna de medicina, que levou quatro pontos na cabeça.

A PM diz que invadiu o campus da UFMG porque foi chamada pelo reitor. A Reitoria nega, mas, por omissão ou má-fé, é culpada. E o reitor foi obrigado a reconhecer esse erro, pela força da mobilização dos estudantes e dos protestos da comunidade acadêmica.

O autoritarismo e o desrespeito às liberdades democráticas não são uma novidade na UFMG. Não é por acaso que sete estudantes estão sendo indiciados pela Reitoria por terem participado de manifestações em defesa de uma assistência estudantil pública e digna. Apesar de os estudantes terem direito à manifestação, atualmente estão sendo tratados como criminosos por discordarem da política de desmonte da universidade pública, praticada pela Reitoria, acusados de coisas que não fizeram. Um deles, por exemplo, nem sequer estava presente à manifestação pela qual está sendo indiciado, num flagrante desrespeito. Além disso, os fatos relatados pela Reitoria no processo são forjados e mentirosos.

Em todos os atos e demais manifestações acontecidas no campus, agentes de “segurança” fotografam e filmam os participantes, ao molde das práticas da época da ditadura militar, até mesmo sendo os estudantes identificados denunciados publicamente em uma das assembléias do movimento.

Uma das conquistas mais importantes durante a ocupação foi a o Conselho Universitário ter aprovado que o reitor deverá ir pessoalmente ao governador do Estado de Minas Gerais, Aécio Neves, para pedir o arquivamento do processo contra o estudante preso no IGC, e que a universidade deve encaminhar abertura de inquérito na Corregedoria de Polícia e a realização de audiências públicas com o reitor, mensalmente.

Essa mobilização segue os exemplos das ocupações ocorridas no ano passado na USP, Unicamp, UFC, UFBA, UFRJ, UFF, Ufal, entre outras, e, recentemente, a ocupação da UnB.

A mobilização dos estudantes, com o irrestrito apoio de professores, obrigou a que o reitor Ronaldo Pena e a vice-reitora Heloísa Starling tivessem de prestar esclarecimentos a todos os presentes na ocupação sobre a invasão da UFMG pela polícia. A sessão do Conselho Universitário teve que ser transmitida ao vivo, do auditório da Reitoria, para quem quisesse conhecer os seus representantes, antes personagens de um mistério.

Essas conquistas podem ser ampliadas. Os estudantes demonstraram não mais aceitar pagar uma semestralidade numa universidade pública como desculpa para financiar a política de assistência estudantil. O bandejão da UFMG é um dos mais caros do país, a moradia também é muito cara e de difícil acesso, e, além do mais, as bolsas da Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump), em sua maioria, têm de ser pagas depois de o estudante formado, e a Fump lucra ano após ano.

Por isso, os estudantes decidiram manter-se organizados e mobilizados, intensificando as medidas, adotadas pelos centros e diretórios acadêmicos, de ingresso de ações na Justiça para não pagar mais a abusiva semestralidade, e a garantia, pelo Estado, do direito à educação publica, gratuita e de qualidade.

Matheus Malta, estudante de Ciências Sociais da UFMG e militante da UJR